sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Moradores do Alto da Pelonha e Rincão vivem situação de abandono

Os esquecidos. É essa a impressão que se tem ao visitar o Alto da Pelonha e o Rincão, na zona leste de Mossoró. Os problemas destas duas comunidades, ora chamadas de bairros, ora de loteamentos, começam na regularização dos terrenos. Embora possuam escritura particular de compra e venda, os moradores, em sua maioria de baixa renda, não podem regularizar a titularidade do domínio, uma vez que os loteamentos não existem formalmente. 

 

O vereador Genivan Vale visitou as duas áreas e na próxima semana fará requerimentos na tentativa de aliviar as dificuldades desta população. "A situação de quem mora nestas localidades é absurda. São milhares de pessoas que foram jogadas em casas sem a mínima infraestrutura e condição de sobrevivência. Vou defender que essa situação esteja na pauta de prioridades do município", enfatizou.

Os moradores denunciam problemas de abastecimento de água, segurança, iluminação, transporte, atendimento médico, acesso a escolas, saneamento e pavimentação.

As ruas do Alto da Pelonha têm nomes e CEPs confusos, por vezes, não são identificadas pela própria prefeitura. Um dos moradores que denunciou a situação, Francisco Júnior, trabalha como metalúrgico e está tentando abrir sua oficina na área há meses, mas está sendo impedido porque sua rua tem dois nomes e o CEP não é identificado.

"Nossa sorte este ano foi a falta de chuvas", desabafa Dona Luciene, que vive no Alto da Pelonha há três anos e por dois, viveu momentos de desespero com o alagamento das ruas. "Estamos expostos a todos os tipos de problema", completa.

 No Rincão, ainda mais distante do centro da cidade, Dona Toinha conta que passa até sete dias sem água. Ela acrescenta que para quem mora lá, segurança não existe, transporte não chega e atendimento médico é quase impossível. "Não existe posto de saúde por aqui e os bairros vizinhos não querem nos receber. Telefone aqui é muito difícil pegar. Se alguém tiver precisando de ser socorrido com urgência morre porque não dá tempo chegar num hospital".

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